sexta-feira, 29 de abril de 2011

Náutico acusa Sport de suborno

Antes de se dirigir à sala de entrevista dos Aflitos, o presidente do Náutico, Berillo Júnior, avisou à imprensa: "É uma bomba, pessoal." Ao lado do pai do meia alvirrubro Eduardo Ramos, Carlos Antônio Martins, o mandatário timbu revelou: "O Sport ofereceu suborno de R$ 300 mil para Eduardo Ramos não participar da semifinal. Seja com expulsão, corpo mole ou algo do tipo. Estamos com provas e vamos à Justiça", declarou. O pai do atleta, visivelmente nervoso e abalado, confirmou a acusação.

Segundo Berillo Júnior, o clube flagrou algo do qual já desconfiava. O pai de Eduardo Ramos teria recebido ligações, antes mesmo do primeiro jogo da semifinal, de dirigentes do Sport (do qual preferiu não revelar nomes, por temer represália) com a oferta de R$ 300 mil para convencer o filho a "abrir" para o adversário, justamente o ex-time do meia. O Náutico, então, bancou a vinda de Carlos Antônio de Goiânia, capital de Goiás, ao Recife para obter provas do suposto suborno.

De acordo com o Náutico, as suspeitas se confirmaram nesta tarde de quinta-feira. O pai de Eduardo Ramos topou ir ao suposto encontro com um rapaz conhecido como Daniel, genro do vice-presidente de futebol do Sport, Severino Otávio, o Branquinho, e a filha do dirigente. Os diretores de futebol do Timbu Toninho Monteiro e Zeca Cavalcanti flagraram e registraram o contato, onde, segundo os alvirrubros, seria para definir o pagamento da proposta.

"Temos fotos, gravações e testemunhas. Tudo documentado. Vamos levar ao Tribunal de Justiça Desportiva. Com base no código, o Sport pode receber multa e, inclusive, ser eliminado da competição. Vamos atrás dos nossos direitos. Isso é uma safadeza", xingou Berillo, antes de completar: "É algo que vai abalar o futebol brasileiro. Quem sabe até a nível mundial", avaliou.

Com os olhos lacrimejados, Carlos Antônio disse temer pela própria segurança. "Vou procurar a polícia para ter proteção", revelou.

Um comentário:

  1. O pessoal do Nautico ainda pensa que futebol se faz como nos anos 60 quando o José Porfírio mandava emissarios travestidos de Padre para "confessar" jogadores do adversário.
    Estamos no século XXI, onde tudo é visto e ouvido.
    O pai de Eduardo Ramos tem é que procurar um bom advogado e não a polícia.
    O futebol brasileiro não suporta mais amadorismos.

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