segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Náutico fica no 0 a 0 em São Paulo


O Náutico voltou a mostrar consistência em seu sistema defensivo e empatou em 0 a 0 com o Grêmio Barueri, na Arena Barueri, pela 16ª rodada da Série B, em um jogo que pode gerar diferentes sensações na torcida alvirrubra. O resultado — que o time já tinha alcançado contra Criciúma, Duque de Caxias e Vila Nova longe de seus domínios — garante a permanência do Timbu no G-4, mas com a possibilidade de ser ultrapassado pelo Paraná, caso este vença o ABC na partida que fecha a rodada, nesta noite, em Curitiba.

Motivos para comemorar o ponto conquistado não faltam. É sempre importante pontuar fora de casa, principalmente quando o time não conta com seu artilheiro, Eduardo Ramos, e com o seu camisa dez, Eduardo Ramos, e ainda mais vindo de uma derrota em um clássico estadual. Porém, pelo maior controle de jogo da equipe e pelos espaços deixados pelo adversário sobretudo no segundo tempo, fica a impressão de que, se houvesse um mínimo de ousadia do técnico Waldemar Lemos, o time poderia ter vencido. O Timbu esteve com quatro volantes até os 38 minutos do segundo tempo.

O jogo começou de uma forma com que a torcida alvirrubra já está acostumada quando o time joga fora de casa. O Timbu, com seu esforço para manter se manter compacto na defesa, marcando forte, anulou a criação de jogadas do adversário. Mas, quando com a bola, o time não mostrava a mesma competência e tinha muita dificuldade para levar perigo.

Truncado, o jogo teve as primeiras finalizações apenas a partir dos 25 minutos. Foi quando Alê, do Barueri, resolveu chutar de fora da área, forte, mas no centro do gol. Gideão defendeu. Três minutos depois, Elicarlos fez o primeiro remate alvirrubro, também de longe, por cima.

Náutico tinha bom controle de jogo no meio de campo, mas não conseguia passar da intermediária. Faltava velocidade para articular jogadas ofensivas, e a ausência de um meia-atacante no time dificultava isso.

Com os times travados, o grande lance do primeiro tempo ocorreu justamente após um chute de fora da área de Alê. Gideão defendeu dando rebote, e Pedrão e Val Baiano chegaram para o rebote antes da defesa. Caído, o goleiro bloqueou um chute de Val Baiano, em seguida viu o atacante adversário chutar para fora, de dentro da pequena área.

Esta boa chance animou a equipe paulista, que passou a apertar mais o Náutico. O time passou a tocar a bola próximo à área adversária. Aos 35 minutos, Marcos Pimentel chutou forte para fora. A resposta alvirrubra veio da mesma forma e, de novo, com Elicarlos, mas com defesa do goleiro Juninho.

No fim do primeiro tempo, o Alvirrubro de Rosa e Silva apareceu pela primeira vez com um chute de fora da área, que quase pegou desprevenido o goleiro do Barueri, que colocou para escanteio. Após a cobrança, Marlon recebeu de Rogério, perto da marca do pênalti, e chutou forte, por cima do gol. Melhor chance da equipe na primeira etapa.

SEGUNDO TEMPO

Desde a volta para o segundo tempo o jogo deu indícios de que se tornaria mais movimentado. E realmente foi. O Barueri não voltou com substituições, mas adotou um posicionamento mais ofensivo. O terceiro zagueiro, Diego, foi para a lateral esquerda, permitindo que Zé Carlos ficasse na meia. Trocou o 3-5-2 pelo 4-4-2.

O Barueri passou a se expor mais em busca do primeiro gol, dando espaços para o Náutico contra-atacar. Aos dez minutos, Jeff Silva recebeu na ponta esquerda e cruzou.

Derley pegou uma bola afastada pela zaga do Barueri e chutou forte, mas muito ao lado do gol do Barueri. O lance começou com um cruzamento de Jeff Silva da esquerda. Boa chegada. A resposta do time paulista veio num cabeceio defendido bem por Gideão.

Aos 15, o técnico Estevam Soares fez uma substituição com a finalidade de imprimir mais movimentação ofensiva na sua equipe. Sacou Pedrão, que tem característica de atacante de área tal como seu companheiro de ataque, Val Baiano. O substituto foi Alex Maranhão, um meia-atacante que entrou para dar mais velocidade.

Mas a mexida não deu muito certo. O time cada vez mais via o Náutico pressionar na marcação, roubar bolas e contra-atacar. Num desses lances, Jeff Silva encostou em Daniel Marques, que entregou a bola nos pés de Joélson, próximo à meia-lua da grande área. O atacante poderia ter tocado para a penetração de Rogério pela direita, mas preferiu chutar, e não o fez bem. Juninho defendeu fácil.

Joélson voltou a desperdiçar boa chance aos 21, quando recebeu na área, tentou driblar Daniel Marques, mas a bola bateu no pé de apoio do zagueiro e escapuliu de seu alcance.

O melhor momento do Barueri veio em seguida. Zé Carlos cruzou da esquerda, a bola veio forte e passou por todos, inclusive por Pedrão, que tinha se esticado todo para tentar completar. Aos 26, Val Baiano subiu livre por trás de Ronaldo Alves e cabeceou para fora. Passou perto.

Mas o Náutico voltou a fechar espaços e buscar o gol, mesmo que com pouca velocidade. Aos 32, Éverton deu uma de atacante e cabeceou bem, pertinho do pé do poste direito do gol defendido por Juninho.

Waldemar Lemos só voltou a mexer no Náutico aos 33 minutos, Philip entrou no lugar de Joélson, que havia substituído Alexandro no início. Aos 38, foi a vez do meia Douglas ter a sua primeira oportunidade na equipe timbu, entrando no lugar de Elton, que pediu para sair.

Os dois que entraram conseguiram aumentar a movimentação alvirrubra. Numa jogada que contou com a participação de Douglas, Peter tocou para Derley, na área, mas a defesa travou o seu chute de primeira. Aos 46, Philip chutou forte próximo à área e Juninho defendeu.

No último lance da partida, o atacante William Henrique bateu de canhota tentando colocar a bola no ângulo de Gideão, mas mandou por cima. E o 0x0 foi consagrado.

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