quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A CAMINHO DA LIDERANÇA:Timbu vence Ypiranga e assume a 3ª posição

Não foi fácil como todo mundo pensava,mais o Náutico conseguiu cumprir seu dever de casa e venceu o Ypiranga por 2 a1 na noite de quarta-feira(2),nos Caldeirão.Esses três pontos fizeram o time vermelho e branca  alcançar a terceira posição do Campeonato Pernambucano,por que o Porto ainda tem um jogo a menos.William e o "cruel" Meneghel fizeram os gols do alvirrubro e Renato fez para a máquina de costura.

O JOGO
Sem conseguir pressionar o Ypiranga em seu campo de defesa, o Náutico optou por forçar as jogadas pelos lados no início do jogo. Com Willian e Eduardo Ramos jogando em lados inversos - o primeiro pela esquerda e o segundo pela direita - quem se deu melhor foi Willian. Os dois primeiros lances de ataque criados pelos donos da casa partiram dele.

No primeiro, ele arrancou e rolou para o meio da área. A jogada não foi concluída proque Bruno Meneghel não conseguiu dominar. Na segunda, o próprio Willian chutou mas a bola foi para fora. Embora não se deixasse pressionar na sua saída de bola, o Ypiranga não mostrava força ofensiva. A causa disso foi justamente a postura do meio de campo alvirrubro.

Enquanto Willian caída pela direita, Eduardo Ramos posicionava mais próximo de Bruno Meneghel. Isso forçou os laterais a não subir tanto e mais o recuo de um home do meio. O efeito não demorou muito. Aos 15 minutos, numa linha de passe que contou com o calcanhar de Eduardo Ramos e o cruzamento de Aírton, terminou com Bruno Meneghel rolando para Willian chutar forte, no canto esquerdo de Alberto.

Mas logo depois do gol, o Náutico deu uma cochilada e, por muito pouco Felipe Espada não empatou aos 16. O chute dele acertou a rede, mas pelo lado de fora. O time do Agreste não se intimidou e começou a aproveitar alguns espaços deixados por Flávio pelo lado direito. Em duas oportunidades, o lateral Aílton criou problemas. Na primeira, Nino Guerreiro cabeceou por cima. Na segunda, Glédson saiu bem e afastou o perigo.

A partir daí, a partida ficou perigosamente equilibrada. Willian ficou isolado na direita e também não contava com a ajuda de Flávio. Eduardo Ramos, anulado tinha dificuldade em sair da marcação. E o caminho já desbravado anteriormente pelo lado direito da defesa recifense foi por onde a Máquina de Costura chegou ao empate, aos 33. Aílton driblou Flávio e Willian antes de tocar para o meio da pequena área. Renato, desviou para o fundo das redes.

No final da etapa, o lance mais polêmico. Aos 43 minutos, Willian pegou o rebote de uma cobrança de escanteio e bateu rasteiro, no canto. Bruno Meneghel estava na direção do chute e fez o corta-luz para a bola entrar. Pois foi justamente essa atitude do atacante que fez o assistente Marcelo Neves invalidar o lance. Ele viu Meneghel adiantado demais. Só que no momento em que a bola entrava, o zagueiro do Ypiranga, Éverton, voltava da linha de fundo e poderia ter dado condição legal.

No retorno para o segundo tempo, a ordem do técnico Roberto Fernandes foi para os laterais aparecerem mais no campo ofensivo. Mas não rendeu muita coisa. A primeira grande jogada foi obra de um volante. Do campo de defesa, Éverton fez um lançamento longo para Bruno Meneghel. Ele tentou tocar por cobertura mas Alberto foi mais esperto e fez a defesa. No rebote, Ricardo Xavier também arriscou por cima mas a bola foi para fora.

O tempo foi passando e Flávio não conseguia desenvolver nada pelo lado direito. A solução foi entrar com um meia (Hélton) e deslocar Derley para o lado direito. O tiro foi certeiro. Em sua primeira descida pelo lado do campo, o volante/lateral arquitetou o gol desempate. Ele arrancou e já dentro da área cruzou rasteiro. Bruno Meneghel tocou de letra e marcou seu segundo gol no Campeonato.

Apesar do gol, o setor criativo do Náutico não rendeu o que se esperava. Eduardo Ramos, por exemplo, foi completamente anulado. Willian, quando foi recuado, também caiu de rendimento - além da visível queda no condicionamento físico. Restou a Derley levar o time à frente.

A situação não ficou tão ruim para os timbus porque o Ypiranga também mostrou não estar tão bem das pernas assim. Só para garantir, Roberto Fernandes tirou o apagado Eduardo Ramos para colocar o volante Nílson. O jogo ficou feio, com abuso nas bolas longas e erros de passes e nas finalizações - a maioria de longa distância. O meia David Saccony mostrou que ainda precisa de mais tempo para entrar no ritmo ideal, mas tem uma característica importante: não se escondeu nem tem medo de arriscar.

Aos 34, num chute de fora da área, os alvirrubros também pediram pênalti numa jogada em que um defensor agrestino interceptou a bola com a mão. Realmente, houve falta, mas fora da área.

Nos minutos finais, o Ypiranga ensaiou uma pressão. Aos 45, Gil entrou pela direita e chutou rasteiro mas encontrou Glédson bem colocado. Apesar de não se intimidar, faltou ao Ypiranga mais força no ataque.

Ficha do jogo:

Náutico: Glédson; Flávio (Hélton), Jorge Fellipe, Everton Luiz e Aírton; Éverton, Derley, Eduardo Ramos (Nílson) e Willian; Bruno Meneghel e Ricardo Xavier (David Saccony). Técnico: Roberto Fernandes.

Ypiranga: Alberto; Novito, Sidney, Everton e Aílton; Jair, Márcio (Thiago), Dinho e Renato (Diogo Roberto); Felipe Espada (Gil)e Cristiano. Técnico: Roberto de Jesus.

Local: Aflitos. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Erich Bandeira e Marcelo Neves. Gols: Willian, aos 15; Renato, aos 33 do primeiro tempo. Bruno Meneghel, aos 17 do segundo. Cartões amarelos: Éverton Luiz, Hélton, Aílton e Márcio. Público: 10.033.

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